Ecos.

Fechara-se em seu quarto escuro a procura de um instante de paz. Na cama, olhos fechados e alguns minutos de sossego. De repente, ouve vozes e abre os olhos, tentando identificar de onde elas podem vir, mas não mais as ouve. Tenta relaxar e fecha novamente os olhos. Agora, ao invés das vozes, ouve gritos. Parecem gritos de alguém que se encontra sufocado, em desespero. Novamente, ao abrir os olhos, tudo passa.

Percebe, então, que as vozes não são externas; algo que não parece seu está lá, esperando uma oportunidade de se fazer notar. Reflete sobre a possibilidade de ouvir o que seu silêncio tem a lhe dizer, mas, como que tentando manter sua sanidade mental, acende uma luzinha, põe para tocar o disco da sua banda favorita e aumenta o volume.

Engenheiros do Hawaii - Hora do mergulho