Olhando as fotos de uma amiga minha do Rio de Janeiro, lembrei da época em que passei quase um ano por lá com minha tia. Estava passando por uma fase difícil aqui em casa com minha mãe. Sabe quando a gente resolve dar um basta e começa a ser quem a gente é? Foi bem assim. Eu tinha cansado de me esconder, esconder o que pensava e aquilo que gostaria de fazer só pra não contrariar. Mas acabei contrariando e a coisa ficou feia. Tão feia que saí daqui sem falar com minha mãe. Aliás, ela que não estava falando comigo porque eu decidi fazer um concurso no Rio e ficar um tempo lá com minha tia pra me afastar um pouco das coisas, conhecer outros ares, outras pessoas, enfim...
Vivi momentos ótimos. Apreciei a vista da "Cidade Maravilhosa". As cores de lá parecem ser mais vivas, o céu é mais azul, o sol mais amarelo. Já tinha ido lá quando criança, mas não lembrava de muita coisa e era como se tudo fosse visto pela primeira vez, exceto em relação a pessoas que eu já conhecia e com as quais convivia, mesmo que de longe. Também vivi situações bem complicadas e que eu nem imaginava que viveria, mas acho que consegui ter serenidade, apesar de muita tristeza quando tudo chegou ao fim.
Descobri que os amigos que minha tia fez naquela cidade eram mais que uma família que acolheram a ela e a nós com o mesmo amor, carinho, dedicação e atenção. Com eles estabeleci laços de amizade e há momentos em que sinto muita falta de todos, principalmente da minha tia, é claro... Era morava longe, mas estava sempre presente em todos os momentos: livros para faculdade (o sogro dela tinha uma livraria); ajuda financeira quando bati o carro e que nem cheguei a usar e ela se recusou a receber de volta; palavras sábias que transmitiam calma e conforto; até quando silenciava ela era capaz de dizer algo... Enfim, às vezes tenho a sensação de que não tenho mais um segundo porto seguro, mas lembro que ela pode estar por perto, da forma que lhe é possível agora.
Sinto que voltei de lá uma outra pessoa. Descobri em mim uma força que não imaginava ter; que a perda dói, mas não devemos alimentar essa dor por muito tempo, mas sim substituí-la pelas boas lembranças e pela saudade... Essas sim, duram para sempre. Descobri também que, por mais acolhedor e agradável que seja, não há lugar melhor no mundo do que nossa própria casa, para onde sempre podemos voltar.
Uma ótima semana a todos!
Ah, a foto foi tirada do alto da pedra do Arpoador.
Nostalgia
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5 Entra aí!:
Monikinha querida, que post mais gostoso de ler...
Sei bem como são esses momentos em que decidimos ser nós mesmos, no começo maxuca, mas depois é tudo de bom.
Que anjo essa sua tia menina, deve ser maravilhoso ter alguém assim na vida, já tive sorte tbm e alguns anjos me apareceram.
A foto ficou show, morro de vontade de conhecer o Rio, sempre suspeitei que o céu era mais azul e o sol mais amarelo hahahahah.
Tô completamente sumida esses dias, peço desculpas...
Mas minha vida tá um Deus nos acuda, tá uma loucura colocar as coisas em dia depois de 22 dias fora, mas tô me virando.
Post nem me atrevo a fazer, pois pra variar estou sem PC, só filando na faculdade ou na casa de amigos, mas tô lendo vc sempre viu?
Não me esqueça ... rsrsrs
beijoo bem grande, saudade de ti e se cuida.
Também adoro o Rio!
E as minhas lembranças de lá são boas e ruins.
Acho que vou pra lá nas férias de Julho, êeeeeeeeeee!!!
Beijinhos
Oi MOnica.
tudo bem?
amei seu post...saudosismo é comigo mesma!!! :)
e sem falar que amo o rio de janeiro...tb tenho uma tia por lá...mas é super/totalmente diferente da sua!!! a minha nem faz questão de receer ninguém na casa dela....uma vez q fui com meu marido passar 15 dias lá ela simplesmente nos ocnvidou a se retirar...não! a gente não é ruim não hahaahah ela q é muito egoísta mesmo...mas ah! deixa ela pra lá!
não fique triste...saudade existe pra quem sabe ter...e é bom recordar/reviver momentos nos pensamentossssssssss...
beijosss
Verdade. Penso que a nossa casa, o lar, é a personificação perfeita do que a família significa pra nós.
E acredito que a melhor parte disso é que podemos ir pra qualquer lugar, mas teremos a certeza de que quando voltarmos, haverá sempre alguém esperando a gente com muita saudade.
Beijim.
Lindo!
Que coisa mais bonita de se ler. sente-se em cada expressão, em cada palavra em cada espaço o carinho que dedicaste a tua tia e que nem mesmo os acontecimentos da vida irão separar.
Há pessoas com as quais nos ligamos para sempre. E é bom termos vívida lembrança do quanto elas nos foram e serão sempre caras.
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