Estava procurando uns e-books ontem na internet e encontrei esse livro escrito pela Bruna Surfistinha. Já o tinha visto várias vezes nas livrarias, mas nunca me interessei em saber seu conteúdo, até que um dia, assistindo ao programa Altas Horas, lá estava Bruna entre os entrevistados.
Confesso que fiquei impressionada com a maneira como ela se expressou, sempre respondendo às perguntas com muita sinceridade e sem rodeios, de maneira muito clara, sabendo colocar muito bem as palavras. Fiquei realmente surpresa. Talvez um preconceito meu, por achar que garotas de programa não soubessem se expressar tão bem assim e que ela parecia culta demais...
Sei que, de alguma forma, comecei a vê-la (já que estou falando dela, em particular) sob um outro ponto de vista. Ao ver seu livro, pensava: "o que uma garota de programa pode ter de bom e interessante para relatar além de suas aventuras sexuais?". Mas ao vê-la sendo entrevistada, percebi que as coisas não são bem por aí...que além de garota de programa, ela também é uma pessoa, como outra qualquer.
Por essa razão, decidi ler seu livro. Comecei ontem de madrugada e terminei agora, poucos minutos antes de escrever. Como eu previa, ela é realmente uma pessoa como outra qualquer...tem seus medos, desejos, objetivos, dramas pessoais e familiares, enfim...gente como a gente.
Descobriu que era adotada ainda criança e isso a perturbou bastante, descobriu que gostava de sexo muito cedo, não gostava de estudar, envolveu-se com drogas e furtos a ponto de seu próprio pai denunciá-la ao juizado de menores, tentando fazer com que ela fosse parar na FEBEM. Como a juíza "aliviou" a situação por conhecer sua família, ela passou a viver presa em casa, sem direito às regalias que tinha antes até que não aguentou mais e fugiu de casa em busca da sua liberdade, tendo enxergado na prostituição seu único meio de sobrevivência.
Não falava mais com os pais desde que tinha sido denunciada, voltando a falar com pai apenas para dizer que sairia de casa. A mãe não lhe dirigia um olhar sequer... Será que eles estavam certos, que essa era a melhor forma de resolver o problema, ignorando-o? Se ela fosse filha biológica deles, será que a reação seria a mesma, ou eles tentariam resgatá-la com amor, carinho e compreensão? Acho que quando um casal se dispõe a adotar uma criança, deve estar ciente de que ela pode trazer alegrias e decepções, assim como também acontece com os filhos biológicos. Mas talvez os laços que os uniam a ela não eram realmente de pais e filhos...
Bem...agora ela não mais se prostitue e, segundo a própria, encontrou o homem da sua vida fazendo programa. Reconhece seus erros, aprendeu com eles e tem uma outra visão sobre tudo que passou e espera construir uma vida "normal", ter uma família, filhos, enfim...
Não consegui julgar suas atitudes e nem posso, quem sou eu para julgar alguém? Talvez se ela tivesse sabido aproveitar a oportunidade de ter uma família que a acolheu, que lhe deu a possibilidade de estudar e tomar um rumo diferente na vida, nada disso precisaria ter acontecido...mas foi esse o caminho escolhido e assim ela conquistou sua tão desejada liberdade.
Sei que, de alguma forma, comecei a vê-la (já que estou falando dela, em particular) sob um outro ponto de vista. Ao ver seu livro, pensava: "o que uma garota de programa pode ter de bom e interessante para relatar além de suas aventuras sexuais?". Mas ao vê-la sendo entrevistada, percebi que as coisas não são bem por aí...que além de garota de programa, ela também é uma pessoa, como outra qualquer.
Por essa razão, decidi ler seu livro. Comecei ontem de madrugada e terminei agora, poucos minutos antes de escrever. Como eu previa, ela é realmente uma pessoa como outra qualquer...tem seus medos, desejos, objetivos, dramas pessoais e familiares, enfim...gente como a gente.
Descobriu que era adotada ainda criança e isso a perturbou bastante, descobriu que gostava de sexo muito cedo, não gostava de estudar, envolveu-se com drogas e furtos a ponto de seu próprio pai denunciá-la ao juizado de menores, tentando fazer com que ela fosse parar na FEBEM. Como a juíza "aliviou" a situação por conhecer sua família, ela passou a viver presa em casa, sem direito às regalias que tinha antes até que não aguentou mais e fugiu de casa em busca da sua liberdade, tendo enxergado na prostituição seu único meio de sobrevivência.
Não falava mais com os pais desde que tinha sido denunciada, voltando a falar com pai apenas para dizer que sairia de casa. A mãe não lhe dirigia um olhar sequer... Será que eles estavam certos, que essa era a melhor forma de resolver o problema, ignorando-o? Se ela fosse filha biológica deles, será que a reação seria a mesma, ou eles tentariam resgatá-la com amor, carinho e compreensão? Acho que quando um casal se dispõe a adotar uma criança, deve estar ciente de que ela pode trazer alegrias e decepções, assim como também acontece com os filhos biológicos. Mas talvez os laços que os uniam a ela não eram realmente de pais e filhos...
Bem...agora ela não mais se prostitue e, segundo a própria, encontrou o homem da sua vida fazendo programa. Reconhece seus erros, aprendeu com eles e tem uma outra visão sobre tudo que passou e espera construir uma vida "normal", ter uma família, filhos, enfim...
Não consegui julgar suas atitudes e nem posso, quem sou eu para julgar alguém? Talvez se ela tivesse sabido aproveitar a oportunidade de ter uma família que a acolheu, que lhe deu a possibilidade de estudar e tomar um rumo diferente na vida, nada disso precisaria ter acontecido...mas foi esse o caminho escolhido e assim ela conquistou sua tão desejada liberdade.
1 Entra aí!:
testandoooo 1..2..3...
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