Tirando a poeira...

Estava eu finalizando a formatação de um edital com um sonzinho ao fundo. De repente uma música acabou chamando minha atenção e me fez pensar nas coisas que estou vivendo ultimamente. Aliás, nas coisas que decidi deixar de viver.

Sabe quando você para, analisa suas atitudes e percebe que está se permitindo passar por situações que não valem a pena? Pois é... Faz dois meses (acho que um pouco mais) que resolvi não aceitar menos do que eu mereço, em todos os sentidos. 

No começo foi difícil porque, como diz o ditado, até com o que é ruim a gente acostuma. Mas com o passar do tempo percebi que a tentativa de me manter em um relacionamento com alguém que nunca seria meu e não faria nada além do que pensar em si mesmo era pura perda de tempo e de energia. Só havia desgaste e discussões que não levavam a lugar algum, ou melhor, levaram-me à razão e me fizeram enxergar que eu não passava de um massageador de ego a mercê da conveniência alheia.

Um belo dia, deixei bem claro que não mais aceitaria migalhas, nem me contentaria somente com palavras jogadas ao vento, pois já estou bem "velha" para amores virtuais platônicos com pessoas que estão à distância de uma simples vontade de estar junto, de um simples desejo, uma simpes saudade. Não quero meios termos. Ou é, ou não é.

Tinha tudo para ser simples, descompromissado, bom e conveniente. Talvez fosse exatamente esse o problema.

A ferida ainda está cicatrizando, mas já não dói mais com tanta frequência. O importante é não voltar a abri-la.

Recomendação: Volta, novo cd de Ana Cañas.

Beijos meus.

 

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